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Aqui pretendo divulgar a Fonoaudiologia e outros assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida.
Exponho um pouco do que sei e pratico, e também procuro repassar o que adquiro nos cursos que realizo.
Exponho também uma coletânea de textos de diversos sites(resultado das "viagens" que faço pelo mundo virtual e literário, estudando, lendo, pesquisando o que há de recente e interessante no mundo da Fonoaudiologia).
O corpo humano é uma máquina maravilhosa porém necessita de todo cuidado a fim de se preservar as suas capacidades e depende exclusivamente do meio ambiente em que está inserido.

domingo, 11 de outubro de 2009

Cochichar produz esforço vocal

Engana-se quem pensa que é só gritar, falar muito e ficar exposto a mudanças bruscas de temperatura que causam rouquidão.

Falar cochichando também faz mal devido ao grande esforço que exige.

As cartilagens da laringe precisam fazer muita força para segurar o fluxo de ar que passa entre as cordas vocais e isso causa abuso vocal.

Cochichar em excesso pode ser prejudicial. Cuidado!

Chocolate faz mal à voz??

Resistir à tentação do chocolate é quase missão impossível.

Mas, os profissionais que necessitam da voz como instrumento de trabalho devem ficar atentos: -->>o chocolate pode prejudicar as pregas vocais.

A ingestão de chocolate provoca, em certas pessoas, o aumento da produção de muco, induzindo ao pigarro e à tosse em quantidade maior do que o habitual.
Assim, a voz pode ficar abafada, sem projeção e com a ressonância alterada.

Profissionais que trabalham com a voz são, naturalmente, os mais prejudicados.
Por outro lado, a interferência da ingestão do chocolate tem efeito somente até duas horas na voz.

O ideal é aproveitar ocasiões em que a voz não precise ser usada ou o final de semana para comer o doce moderadamente.
Assim, não há risco de comprometer as cordas vocais nem começar a segunda-feira de mau humor por falta de serotonina.

Assim como o corpo a voz também envelhece!

Assim como o corpo , a voz também envelhece!!!

O empresário M.C, de 67 anos, é um homem falante e com um timbre de voz grave.
Há quatro anos, foi surpreendido por uma lesão na corda vocal, que o fazia perder a voz no final do dia. Além disso, ele tinha ardência na garganta e rouquidão.
Com a cirurgia realizada , o problema desapareceu, mas o empresário não fez o repouso vocal indicado pelo médico e há quatro meses, os sintomas voltaram.
Depois de nova consulta, o alívio: não havia pólipo, mas ele precisaria de uma fonoterapia para reaprender a usar sua voz.
O caso de M. não é tão raro quanto se imagina.

A voz também envelhece, como as outras partes do corpo, e, da mesma forma, pode ficar doente. É comum haver instabilidade na voz das pessoas idosas. A voz fica trêmula e mais fraca.
Mas, as mudanças relacionadas à idade são diferentes em cada pessoa.
Começam em partes diferentes do corpo, em momentos diferentes e com um ritmo diferente.
É como se cada um iniciasse a corrida para o envelhecimento com os pés em uma linha de partida diferente.

As alterações vocais mais frequentes incluem:
--> redução da capacidade respiratória que gera frases mais curtas e necessidade de reabastecimento constante de ar;
--> atrofia na musculatura da laringe;
--> modificação na qualidade da voz, principalmente o tremor vocal;
--> enrijecimento das cartilagens da laringe, causando maior esforço para falar
--> menor coordenação motora.

Esses fatores causam redução na velocidade da fala e cansaço.
O grau de modificação vocal depende de cada um, de sua saúde física e psicológica e de sua história de vida.

Um bom exemplo, no canto lírico, é o tenor italiano Martinelli, que cantou aos 82 anos o papel de Calaf em Turandot de Puccini e no canto popular, Alberta Hunter com 85 anos mostrou a voz clara e firme em apresentação no Brasil apesar de uma limitação na locomoção.

De modo geral as alterações vocais são mais precoces nas mulheres, coincidentes com as mudanças hormonais da menopausa; porém, mais acentuadas nos homens que ficam com as vozes mais agudas e mais instáveis.

Vozes treinadas para canto e vozes de atletas mostram maior resistência ao envelhecimento.
Como hoje há uma melhor expectativa de vida para os idosos que se aposentam mais tarde e têm um desempenho social mais ativo, uma alteração vocal gera um verdadeiro problema.

É possível se lançar mão de vários recursos de tratamento: orientação, reabilitação vocal, terapia medicamentosa ou fonocirurgia.
A orientação auxilia o indivíduo a compreender as mudanças que ele mesmo observa, ajudando-o a entender a natureza daquilo que o incomoda e quais recursos disponíveis.

A reabilitação vocal oferece a possibilidade de minimizar a evidência da idade na voz, através de uma série de recursos de treinamento vocal, que também vão contribuir com a comunicação como um todo.

A terapia medicamentosa pode incluir desde uma série de complexos vitamínicos até medicações mais específicas para controlar desordens associadas.

A fonocirurgia na terceira idade pode estar associada à remoção de edema de Reinke na mulher ou procedimentos para reduzir as fendas glóticas causadas pela atrofia muscular, mas ainda existem poucos estudos cirúrgicos com pacientes idosos.
O atendimento fonoaudiológico aos pacientes idosos auxilia imensamente em sua integração social, melhorando as condições de comunicação e a qualidade de vida desta população que graças aos avanços da medicina se torna cada dia maior e com melhores condições de desfrutar os prazeres da vida.

Mudanças vocais ao longo dos anos:

-->> VOZ NA INFÂNCIA: dos 6 anos ao início da puberdade a voz do menino e da menina são muito parecidas, sendo difícil discriminar o sexo do falante somente pela voz.

-->> VOZ NA PUBERDADE: neste período ocorre um crescimento grande na laringe que acompanha o crescimento corporal e está associado à ação dos hormônios. Nos meninos este crescimento é muito maior e a voz torna-se muito mais grave, grossa, em torno dos 14-15 anos.

-->> VOZ NA FASE ADULTA: nesta etapa a voz é estável e apresenta características próprias para cada sexo, dificilmente confundimos a voz de um homem e de uma mulher. Considera-se o período de máxima eficiência vocal dos 25 aos 40 anos.

-->> VOZ NA TERCEIRA IDADE: O grau de deterioração vocal depende de cada indivíduo, de sua saúde física e psicológica e de sua história de vida, além de fatores raciais, alimentares, hereditários, sociais e ambientais.

De modo geral as alterações vocais são mais precoces nas mulheres, coincidentes com as mudanças hormonais da menopausa; porém, mais acentuadas nos homens que ficam com as vozes mais agudas e mais instáveis.

Presbiacusia e Presbiafonia


As mudanças biológicas marcam o envelhecimento natural da pessoa durante as fases do desenvolvimento humano.
Ela envelhece com saúde, quando não acontece nada de ruim ao longo da vida. Ou pode apresentar algumas doenças, que vão merecer atenção especial.
Um dos fatores biológicos que vai ficando alterado com o passar dos anos é a audição.
Chamamos presbiacusia, para a perda da audição devido a mudanças no seu sistema auditivo decorrente do tempo.
A presbiacusia é, então, considerada deficiência auditiva adquirida por envelhecimento biológico natural.
Por ser adquirida, a pessoa vai sentindo a perda auditiva gradativamente, o que vai muito além do fato de apenas não ser capaz de ouvir bem, mas também de fatos que precisam ser levados em conta, como os aspectos ambientais e as dificuldades de relacionamento interpessoal.

Chamamos presbifonia o envelhecimento vocal tanto nos homens como nas mulheres idosas. Podemos observar a mudança na voz quando a tonalidade fica diferente.

-->>Como perceber a presbiacusia?
Uma observação comum, do dia-a-dia, pode ser feita através do simples ato de assistir à televisão, ouvir rádio, da conversa com familiares e amigos próximos.
A pessoa começa a falar muito alto, aumentar o volume da televisão, e o rádio fica mais próximo aos ouvidos.
As palavras escutadas começam a ficar ininteligíveis, dando lugar a outras auditivamente semelhantes.

Bem, isso é motivo de embaraços e irritabilidade para quem fala e para o idoso que ouve as palavras trocadas.
Paciência nessas horas é fundamental!

-->> Como perceber a presbifonia?
A emissão da voz fica instável, trêmula, e com nítido aumento de nasalidade.
Fica mais grave nas mulheres e mais aguda nos homens por causa dos fatores hormonais.
Esses sintomas são refletidos pela diminuição da força muscular dos órgãos fonoarticulatórios (pulmão, traquéia, laringe, faringe, toda a região da boca e nariz, face).

É preciso elaborar programas que visem ao atendimento precoce, com diagnóstico médico e fonoaudiológico e intervenção fonoaudiológica na fala, voz e linguagem do idoso.

Aparecendo os sintomas de perda auditiva e das alterações vocais, a pessoa idosa deve procurar o médico otorrinolaringologista de sua confiança e fazer um exame clínico.
O médico, por sua vez, terá o procedimento de encaminhar o idoso para a avaliação e diagnóstico fonoaudiológicos, que se seguem da fonoterapia adequada para cada caso.

A intervenção fonoaudiológica em idosos
- Inicialmente, deve-se fazer avaliação da voz e da pronúncia.
A partir daí, os resultados vão solicitar um programa detalhado em cada área que estiver com dificuldades e tentar garantir a qualidade daquelas que estão preservadas.
O uso da prótese auditiva deverá ser feito caso o idoso seja orientado para isso.

Algumas indicações fonoterapêuticas:
--> Trabalhar a intensidade da mensagem, ritmo, velocidade, qualidade vocal, articulação e pronúncia, associados à respiração, são alguns exercícios importantes para restabelecer a comunicação saudável do idoso.

A voz na 3a idade

Quem nunca ouviu falar do filme "A Noviça Rebelde"?

Para os que nunca ouviram falar, é um filme de 1965, em que uma noviça vai trabalhar na casa da família Von Tapp, e acaba se apaixonando pelo viúvo, pai de 6 filhos.
É um musical, estrelado por Julie Andrews, e é sobre ela que quero falar.

Julie Andrews nasceu em 1935, então tem, atualmente, 74 anos.
Tem uma voz linda, desde a época em que fez o filme (se não assistiu, assista), e faz filmes e dublagens de desenhos até hoje.
Você pode ouvir sua voz, e perceber que ela não tem, de forma alguma, uma voz de pessoa idosa, mesmo com 73/74 anos.
Por que isso acontece?

Acontece, porque, assim como o resto do nosso corpo, quando trabalhamos nossa voz, constantemente, não perdemos o vigor, e o tônus muscular, o que faz com que, pessoas como Julie, ou várias cantoras da mesma idade, estejam com a voz linda até hoje.
O que geralmente ocorre, através dos anos, é chamado de Presbifonia.

Segundo as Fga. Ms. Maria Abadia Guimarães e a Dra. Maria Aparecida Coelho, em um artigo escreveram o seguinte:
--> "Presbifonia é um fenômeno fisiológico observado em indivíduos idosos, sendo o declínio do funcionamento vocal mais evidente após os 65 anos de idade.
O envelhecimento da voz é caracterizado por alterações anatômicas da laringe como ossificação, calcificação de suas cartilagens e atrofia dos músculos laríngeos."

Essa alteração pode variar, de acordo com o sexo, e o estilo de vida de cada um.
Notamos, que, se a pessoa foi, ou é fumante , com certeza esse processo será mais notório.
Mas pessoas que costumam exercitar sua voz, como cantores, por exemplo, evitam essa atrofia dos músculos, trabalhando-os constantemente.

A voz humana passa por uma série de transformações, que vão desde a puberdade até a terceira idade.
A laringe, órgão responsável pela voz,sofre algumas modificações, assim como as cordas vocais, o que trará mudanças aparentes na voz.
As pregas vocais sofrem um processo de envelhecimento semelhante ao dos outros músculos do corpo.
Na falta de cuidados, ficam flácidas, o que gera mudanças no tom e na intensidade da voz.
Com o passar dos anos, a voz, antes forte e contínua, torna-se fraca e tremida.
O fortalecimento dos músculos que é realizado através de uma mastigação correta, contribui para o aspecto estético, além de contribuir para a clareza da articulação da fala e manutenção do tom e intensidades vocais.

Para manter a voz firme é preciso exercitá-la.
Além dos exercícios, é importante o exercício natural: falar, cantar, declamar, contar, dramatizar, representar, enfim, expressar-se.

O crescimento pessoal não tem idade, é um processo infinito.
No aspecto vocal, como em todos os outros, é necessário ter determinação e perseverança na busca do desenvolvimento humano!

O envelhecimento é uma etapa natural no processo evolutivo da vida.
A forma como nosso organismo reage ao longo deste processo é extremamente individual, sofrendo a influência do modo de vida que levamos.
No caso da voz o seu envelhecimento dependerá dos cuidados que praticamos em relação à nossa saúde e de que forma exercitamos nosso aparelho vocal.

É por volta dos 18 anos de idade que nossa voz amadurece plenamente e assim ficará por várias décadas.
Os homens podem apresentar os primeiros sintomas de desgaste vocal a partir dos 60 anos, já as mulheres apresentam sintomas por volta de 50 anos, normalmente após a menopausa.
O fumante apresenta envelhecimento mais precoce nas pregas vocais, com sinais de desgaste vocal já aos 30 anos.

Entre 30 a 40 anos , as alterações da voz não devem ser caracterizadas como envelhecimento, e muitas vezes podem ser sinais caracteristicos de alguma patologia.
De qualquer forma, em qualquer idade, deve-se buscar uma avaliação específica com profissional especializado para diferenciar o diagnóstico e excluir outros quadros que comprometam a saúde geral e a qualidade de vida.

Os sintomas do que chamamos presbifonia ou envelhecimento natural da voz são:
-->> Voz trêmula, instável, rouca e fraca;
-->> Cansaço e falta de ar ao falar;
-->> Articulação imprecisa, com dificuldade em ser compreendido;
-->> Nas mulheres, a voz torna-se mais grave, mais “grossa”;
-->> Nos homens, a voz torna-se mais aguda, mais “fina”.
-->>diminuição da intensidade vocal;
-->> redução da frequência vocal na mulher e aumento da frequência no homem, ou seja, a voz da mulher fica mais grave e a do homem mais aguda;
-->> tremor devido a menor estabilidade na sustentação da frequência da voz;
voz monótona;
-->> aumento das pausas na articulação, espaços longos entre uma palavra e outra;
-->> redução da velocidade de fala;
-->> diminuição da coordenação entre fala e respiração;

No sexo feminino a chegada aos 50 anos associada ao ato de fumar poderá ocasionar o desenvolvimento de uma voz bastante grave, chegando a confundir com a voz masculina, o que causa muito desconforto à maioria das mulheres.

Cantores costumam perder a extensão da voz e o grau de controle vocal ao chegarem nesta etapa da vida.

Após os 60 anos essas alterações são mais marcadas em ambos os sexos, porém no homem não é tão evidente e brusca como na mulher, que poderá sofrer uma grande mudança no que chamamos de qualidade vocal.

O adequado diagnóstico e o encaminhamento precoce para fonoterapia poderá contribuir para a redução do processo natural de envelhecimento.

Os exercícios de voz visam:
-->> adequar a velocidade de fala, melhorar o uso da capacidade respiratória (volume de ar), buscar uma maior estabilidade do som, aumentar a potência e projeção da voz.

Assim :
-->> resgata-se a auto-estima, a capacidade de conquistar o ouvinte, a integração social, o desempenho na profissão e nas atividades de lazer.

Uma voz rouca e deteriorada não combina com uma mente jovem e alegre!
A voz também não precisa entregar nossa idade e nem representar mais idade do que realmente temos, então cuide da sua música interior!

Cuide da sua voz, como um bem maior.